Após quase 7 meses, finalmente o acordo na área de buscas, entre Microsoft e Yahoo, foi aprovado pelas autoridades regulatórias europeias e norte-americanas.
A parceria, cuja duração será de 10 anos, colocará o Bing como motor do Yahoo! Search já a partir de 2010. O acordo evidencia o esforço da Microsoft em conter o grande e crescente monopólio do Google no setor de buscas online. Nessa área, nos últimos quatro anos, a Microsoft sofreu prejuízo de US$ 5 bilhões.
O analista sênior do Fort Pitt Capital Group, Kim Caughey, diz que "a Microsoft realmente tem condição de jogar dinheiro nisso" e que acredita que a "manobra possa funcionar. Se eles conseguirem avanços em áreas específicas, podem ter algo de positivo a reportar."
Desde seu lançamento, em maio de 2009, o Bing conquistou 3,3 pontos percentuais de participação de mercado adicional. Ainda segundo Caughey, o Bing "não tem muita chance de derrubar o Google de seu grande pedestal, pelo menos não em curto prazo".
A competição entre Google e Microsoft vai muito além dos sistemas de buscas. As empresas brigam, também, na área de sistemas operacionais e telefones celulares. Apesar disso, até o momento, nenhuma das empresas conseguiu concorrer, em igualdade de condições, no marcado central da rival.
Segundo Clayton Moran, analista da Benchmark, não há previsão de impacto da parceria Microsoft-Yahoo sobre os números do Google. "Ela não muda muito em termos da dinâmica competitiva do setor, de imediato". Moran completou: "Da perspectiva do Google, pelo menos nos dois próximos anos, é completamente irrelevante".
Aprovado incondicionalmente pelo Departamento da Justiça dos EUA e pela Comissão Europeia, o acordo não deve influenciar os resultados financeiros da Microsoft, mas pode estabelecer a base para operações online lucrativas.
Segundo Yusuf Mehdi, responsável por transformar o Bing e o portal MSN em sucessos financeiros, "no momento, o objetivo real é ganhar participação. Se o fizermos, cresceremos até sair do vermelho, e confiamos em nossa capacidade para isso".
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